O VIAJANTE

JAÚ – AMAZÔNIA
Uma região com trechos em que homem nenhum pisou, está no coração da floresta que mais chama a atenção do mundo, a Floresta Amazônica. Certamente ela reserva muitas surpresas, que pesquisadores e cientistas já estão tentando descobrir. Espécies raras de animais e plantas e fenômenos desconhecidos não são os únicos interesses desses cientistas. A sabedoria cabocla colabora com a ciência, pois é o melhor instrumento para se penetrar nesta fascinante região.
Com 2.272.000 hectares o Parque Nacional do Jaú é o maior parque nacional brasileiro e a maior área florestal tropical contínua do mundo. Criado em 1980, ficou por muito tempo no papel, protegido apenas pelo acesso difícil. A partir de 1.993 a Fundação Vitória-Régia, uma organização não-governamental, iniciou uma série de pesquisas na região.
Aspectos culturais e históricos
A região do Parque foi o primeiro pólo de colonização na Amazônia por indígenas, marcado por batalhas pela posse do território. Por outro lado têm-se relatos de achados de cerâmica e pretoglifos escritos em pedra.
Aspectos Naturais
Cortado pelo Rio Jaú e protegendo a maior bacia de águas pretas do mundo, a do Rio Negro, o Parque Nacional do Jaú está localizado no Planalto Rebaixado da Amazônia Ocidental. De relevo diversificado, abrange colinas, igapós, igarapés, planícies, áreas inundáveis e matas de terra firme.
Em sua biodiversidade tropical riquíssima existem sete tipos de vegetação amazônica. Nas áreas inundáveis das margens dos rios estão espécies como o açaizeiro e a palmeira, também encontrada nas áreas aluviais, ocasionalmente inundadas. Os terrenos de maior altitude abrigam os aburtos: amapá-doce, jarana e mangarana. Castanheiras-do-pará, maçarandubas, angelins-rajados e sucupiras são só algumas das espécies presentes na área de floresta tropical mais densa.
O parque possui 60% das espécies de peixes catalogados na Bacia do Rio Negro, destacando-se o tucunaré, o tambaqui e o pirarucu. Mais da metade das espécies de répteis típicas da região é encontrada ali. As grandiosidades do Jaú não param por aí: abriga a maior variedade de aves da Amazônia Central e diversas espécies de mamíferos como a suçuarana, o gato-do-mato, a jaguatirica, a onça-pintada, além do peixe-boi, a ariranha e o misterioso boto.
Clima
O clima é típico de florestas tropicais, constantemente úmidos. O período mais chuvoso e, portanto, menos indicado para visitas, vai de dezembro a abril e menos chuvoso entre julho e setembro.
Atrações
Além da observação das ricas fauna e flora pode-se visitar as diversas cachoeiras isoladas, como a do Miratucu, e as praias formadas nas margens do Rio Jaú. Entre as bacias dos rios Negro e Japurá encontra-se o maior lago amazônico, o Amanã, com 45 km de extensão e 3 km de largura.
Dentro do parque existem cerca de 160 famílias de caboclos ribeirinhos, vivendo da pesca, da roça de mandioca e da coleta de frutas e cipó. O principal vilarejo é Seringalzinho, onde está a única escola do Rio Jaú. Morando ali há muitas gerações, eles são profundos conhecedores da região e os melhores guias.
Próximos ao parque, em Manaus, existem vários atrativos históricos e culturais para serem visitados.
Infra-estrutura
Devido às diversas pesquisas feitas nos últimos anos, o Parque Nacional do Jaú possui Centro de Visitantes, alojamento para pesquisadores e atracadouro de barcos. Para quem deseja mais conforto, há a opção de
ficar em Manaus, que possui uma excelente infra-estrutura e fica a apenas 6 horas de lancha do parque.

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